segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Destruíram meus heróis


Destruíram meus heróis.
Eu gostava de Tartarugas Ninjas, Thundercats, Ursinhos Carinhosos, Cavalo de Fogo e a Princesa Sara. Mas nenhum desses é comparável ao meu deslumbramento pela Turma da Mônica.
De lancheiras à meias, eu tive praticamente todos os produtos lançados da Turma. Minha identificação era gigantesca: eu falava errado como o Cebolinha e tinha o dente tão feio quanto o da Mônica. Até hoje amo melancia. A única diferença é que gosto, também, de tomar banho.

Qual não foi minha surpresa ao entrar no site UOL hoje e me deparar com o final da minha infância. A morte, a destruição dos meus heróis da vida inteira: a Turma da Mônica Jovem.
Meu Deus. O cabelo do Cebolinha parece um catavento. O Cascão tá com cara de corinthiano. A Magali parece uma garota de programa. A Mônica é a menos pior.
Fico me perguntando que tipo de criança vai ver o Cebolinha e não ter pesadelos. Eu vou ter pesadelos.

Triste. Muito triste.

domingo, 16 de agosto de 2009

Hein?

Sexta a tarde no shopping...

Loja 1
Eu: Boa tarde. Por favor, vocês tem jibbitz?
Moça: ... ?
Eu: Aqueles negocinhos de colocar nos Crocs, sabe?
Moça: ... ?
Eu: Iguais a esses aqui ó [levantando o pé]
Moça: Não tem isso aí, não.

Loja 2
Eu: Moça, por favor, vocês tem jibbitz? Esses negocinhos de colocar nos Crocs, iguais aos meus, ó [apontando pra baixo]
Moça: [concentrada; cara de quem está pensando no estoque, pra lembrar se tem] Ah... o rebite acabou! Vou ficar te devendo...


Ai ai.

domingo, 2 de agosto de 2009

Diário de Automóvel II


Minha tia é professora. Ainda bem. Sério. Se ela fosse instrutora de auto-escola, nós morreríamos de fome.

Mais de três meses depois da última postagem, depois de ter sido reprovada uma vez na droga da baliza, aqui estou eu, teoricamente motorizada. Com carro e habilitação. Pronta pra dirigir, tendo o céu como limite! Teoricamente.
Isso porque me enfiar na Av. Brasil às 4h da tarde não é tão fácil quanto eu imaginava, especialmente quando a embreagem não colabora muito. Ou talvez o problema seja simplesmente eu, como o cara da oficina fez questão de destacar.
"Você pode, por favor, regular a embreagem pra mim?"
[pisando na embreagem] "Olha, moça, já tá regulada..."
"Não, não tá nãão. Olha só, sente, não tem ponto."
"Que ponto?"
"O da embreagem, né. Aquele que eles ensinam na auto-escola, que o carro treme..."
"Moça, isso só se faz na auto escola. Agora, você controla com a embreagem e o acelerador."
"Não, deve ter um jeito de regular. Olha só, e se eu deixar o carro aqui, você dá uma olhadinha direito, amanhã eu venho buscar e você regula pra mim? Eu não consigo andar uma quadra assim."
"Moça, não dá"
[Como não?Argh.]
"Mas dá uma olhadinha, pra ter certeza.."
"Moça. É melhor você regular seu pé."
...

Aderindo à campanha do cara da oficina, minha tia adotou o lema "Você não dirige porque não quer". Certo. Sendo assim, hoje ela me obrigou (duas vezes!) a dirigir pela cidade. Estatísticas razoáveis: uma pessoa ferida - peguei meu dedo na porta de novo, uma quase atropelada - um senhor bem sem-noção com uma melancia saindo da feira - e média de 0.25 afogadas por quadra.
O que mais me irrita, além dos motoristas impacientes, o fato de não se poder virar à esquerda nas avenidas de Maringá, velhos com melancias saindo da feira e ônibus atrás de mim, é a minha tia. Sei que devo muito a ela, portanto, minha obrigação é, no mínimo, tolerar. Mas é difícil. Hoje ela deu pra cismar que eu puxo muito o banco pra frente. Um tanto quanto óbvio, quando se tem 1.56m de altura, certo? Além disso, ela quer que eu segure a direção no topo. Fico me perguntando qual parte do "eu não alcanço" ela tem dificuldades pra assimilar.
No fim das contas, cada vez que nós saímos de carro, eu quase bato. Por acidente?
Não.
Suicídio, mesmo.

sábado, 18 de abril de 2009

Diário de Automóvel I

Nossa relação sempre foi equilibrada. Sempre nos demos bem, sem maiores comprometimentos. Ele me ajudava e eu admitia minha necessidade dele. Eu não o controlava. Agora, as coisas mudaram. O tempo passou, as relações modificaram-se. Ou cresceríamos juntos, ou pararíamos por aqui...

Segunda, 13 de abril de 2009. 1h48.

Sentei-me no sofazinho da recepção. Minhas mãos tremiam, meu coração estava acelerado. Pela porta, podia vê-lo, junto ao meio-fio. A luz do sol incidia fortemente sobre ele. Eu não ousava encará-lo por muito tempo - em instantes nossa relação estaria evoluindo para uma nova etapa. Precisávamos ser responsáveis.
- Angélica, vamos? - chamou uma voz atrás de mim. Senti meu estômago embrulhar. Minha voz parecia ter sumido.
- S-sim - disse eu, com certo esforço.
Seguimos na direção dele. O grande momento havia chegado. Só me restava respirar e encarar a situação.
***
- Tá vendo esse pedal aqui? É a embreagem. Este outro é o freio e este o acelerador. - dizia a instrutora. - Você deve pisar na embreagem para trocar de marchas.
Mais algumas instruções e dicas rápidas.
- Agora é sua vez - concluiu ela. Pude sentir meu coração batendo na garganta.
Sentei no banco do motorista. Arrumei o retrovisor. Puxei o banco pra frente, no máximo. Tinha que me contorcer um pouco pra alcançar a embreagem. Droga. Coloquei o cinto de segurança. Dei a partida. O ronco do motor me fez estremecer. "Isso não vai prestar", pensei.
Dito e feito. O carro afogou. "Argh".
Olhei pra instrutora. Tranquila, ela olhava para um cantinho da unha, onde seu esmalte vermelho havia saído. Então é assim? Eu estou quase enfartando, com o carro afogado e ela se preocupa com o esmalte? Que raiva!
Tentei de novo. Não afogou. Ótimo. Olho pra ela, incerta.
- Acelera devagar.
Certo. Qual é o acelerador mesmo?
Com o pé esquerdo, procuro o pedal do acelerador. Meus pés se enroscam. Entro em pânico, estávamos no meio da rua já. "Não posso afogar, não posso afogar", eu repetia freneticamente.
Afoguei. Olho pra instrutora, desesperada. Calmamente, como se sua mão pesasse 11 toneladas, ela liga o pisca alerta.
- De novo. Dá a partida.
"Argh". De novo. Afoguei. De novo. Afoguei.
Senti meus olhos cheios de lágrimas. De novo. Pegou. Acelerei devagar. Estávamos andando (a 15km/h, mas estávamos em movimento). Fiquei emocionada. Logo a frente, havia uma placa de PARE.
- Você deve frear devagar - disse a instrutora.
Certo, freio. Freio, freio, onde é o freio? Com um impulso, pisei com força no pedal do meio. Paramos bruscamente. O carro afogou. Olhei no retrovisor. Um garotinho de bicicleta passava alegremente por mim. "Não precisa ter medo, é como andar de bicicleta", dizia minha tia. Tá, como se eu soubesse andar de bicicleta.
De novo. Afoguei. De novo. Afoguei.

E assim, fomos. Afogando, dando partida, afogando de novo, fiz duas horas de aula andando, no máximo, dois quarteirões.
Chegamos na Avenida Mandacaru. Duas faixas para cada pista, carros, bicicletas, caminhões. "Ai, caramba, caminhões". Meu estômago se contorcia, fiquei enjoada.
O sinal ficou verde. Acelerei devagar, passamos a primeira pista.
- Este quadrado pintado de amarelo é a zona de conflito. Você não pode parar aqui.
Não sei qual a vantagem de me dizer isso, naquele momento. Desesperada, afoguei. Dei a partida. Afoguei. Alguns carros buzinaram. Sentia meu rosto enrubescendo, algumas lágrimas que não pude segurar. "Que ódio". Dei a partida. Saímos lentamente. Com esforço e grande ajuda da instrutora, chegamos à minha casa.
"Isso não vai prestar", pensei.

- Nos vemos na quarta, Angélica. - disse ela, alegremente, acenando.
"Isso definitivamente não vai prestar", pensei.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Desperate Housewife II


Eu adoro esmalte vermelho. E também sou um tanto destrambelhada, como vocês devem ter percebido. E, ainda, sou bem metódica: sempre o mesmo tom de vermelho - uma camada de Beijo e uma de Desejo, em cima.
Sabendo que eu sempre consigo estragar alguma unha antes do final de semana, quando a manicura vem, tive a brilhante idéia de comprar um Desejo pra deixar aqui em casa e poder consertar sozinha quando eu estragar. Inteligente? Nem de longe.
Hoje estraguei a unha do dedão tentando abrir o vidro de ketchup e fui consertar, toda contente com meu senso prático.
O problema é que semana passada o Desejo da manicura tinha acabado, por isso ela passou um 'genérico', chamado Havana.
Claro que ficou superdiferente o tom. Por isso, ao invés de retocar só o cantinho da unha do dedão, tive que passar em todas.
Estava eu bem tranqüila [tentando] passar com a mão esquerda, quando cai uma gota na mesa de marfim da minha tia. Mais do que depressa, passei o dedo, aumentando a mancha e sujando o dedo. Instintivamente passei o dedo sujo na palma da outra mão. Mais sujeira. Desesperada, me esqueço do pincel. Uma gota no chão. Levanto desesperada pra ir buscar um pano. Piso na gota, no chão.
Em meio a uma crise histérica com direito a muito choro, consigo limpar o chão e a mesa.
Olho pras mãos. Me sinto de novo na segunda série, acabando uma pintura com guache. Corro pro banheiro procurar a acetona - ainda tenho 25 minutos antes do curso de francês.
Xampu, condicionador, pasta de dente (cadê a acetona?), sabonete, creme pros pés, creme pras mãos (cadê a droga da acetona?), creme pro cabelo, mais pasta de dentes e o bendito vidro de acetona...
... vazio.
Desespero. Pânico. As duas mãos sujas de esmalte vermelho Desejo. Muito sujas. Vinte minutos pro curso de Francês. Nem uma gota de acetona.

O que me resta? Fazer cara de nada, encarar o vexame e ir no mercado com a mão inteira vermelha, passar pelo menino do caixa, que reprime uma boa gargalhada... e voltar pra casa, olhando pras mãos inteiras manchadas de esmalte vermelho Desejo.

Desejo? Desejo de enfiar a cara num buraco, isso sim.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

"Um piloto precisa ter fé. Em seu talento, em seu poder de julgamento, no poder de julgamento daqueles que o cercam, nas leis da física. Um piloto precisa ter fé na equipe, no carro, nos pneus, nos freios, em si mesmo.
Ele erra a entrada na curva. É forçado a sair do seu trajeto. Ele está em alta velocidade. Os pneus perderam a aderência. A pista ficou escorregadia. E de repente, ele se vê na saída da curva sem ter mais pista e em grande velocidade.
Enquanto a caixa de brita se aproxima, o piloto precisa tomar decisões que terão impacto sobre a corrida, sobre seu futuro. Virar as rodas dianteiras violentamente, indo contra a sua natureza, só vai fazer o carro rodar. Frear é igualmente ruim, porque deixará a traseira do carro solta. O que fazer?
O piloto precisa aceitar seu destino. Ele precisa aceitar o fato de que erros foram cometidos. Cálculos errados. Decisões ruins. Uma confluência de circunstâncias coloraram-no nessa situação. O piloto precisa aceitar tudo isso e estar disposto a pagar o preço. Precisa sair da pista.
Tirar duas rodas. Até mesmo quatro. É uma sensação terrível, como piloto e como competidor. O cascalho que bate no chassi. A sensação de estar nadando na lama. Enquanto as rodas estão fora da pista, outros pilotos estão passando por ele. Pegando seu lugar, continuando em alta velocidade. Só ele está reduzindo.
Nesse momento, o piloto entra em crise. Ele precisa acelerar novamente. Ele precisa voltar pra pista.
Oh, estupidez!
Pense nos pilotos que saíram das corridas por terem quebrado a direção, por terem exagerado na correção a ponto de rodarem na frente dos adversários. Uma posição terrível para qualquer um ficar.
Um vencedor, um campeão, aceita seu destino. Continua com as rodas na sujeira. Faz o melhor que pode para manter o traçado e voltar gradualmente para a pista, em segurança. Sim, ele perde algumas posições na corrida. Sim, ele fica em desvantagem. Mas continua correndo. Continua vivo.
A corrida é longa. É melhor pilotar dentro dos limites e terminar a corrida atrás dos outros, do que forçar e quebrar."
(A Arte de Correr na Chuva, Garth Stein).


:) Incrível como realmente funciona assim, não é?

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Tá faltando emprego no planeta dos macacos...

Me disseram uma vez - e eu, ingenuamente, concordei - que a época de faculdade é a melhor da vida gente. De fato, até que você passe para o segundo ano.
Porque aí sim você descobre o que é preocupação. Formatura, estágio, projeto e o diabo a quatro. Tudo isso considerando que a maioria ainda não tem carteira de habilitação, depende de circular e da boa vontade dos funcionários da universidade - vontade esta que nem sempre é tão boa...
Formatura. Claro, ainda tenho 3 anos pela frente. Mas, nessa época de crise, alta do dólar e tudo mais, é bom começar a pagar desde já. E aí, dá-lhe paciência pra resolver se vamos servir pão com patê de pistache e semente de samambaia ou torrada com creme de banana e nozes. Argh. Como se alguém fosse comer isso.
Pior que o projeto, que depende exclusivamente da boa vontade do seu orientador - e que nem sempre é tão boa assim - é o estágio. E agora sim, entramos no post propriamente dito, que se chama...

É. Ta faltando emprego no planeta dos macacos...

Ah, como eu era feliz e não sabia... Acordar 10h, fazer 1h de esteira, arrumar a travessa de saladas com tomates e azeitonas formando uma tulipa, assistir desenho no Disney Channel, ler o horóscopo meu e "dele". Nem me preocupei com esse negócio de estagiar, ano passado. Tudo bem que ano passado eu não podia mesmo, só a partir do segundo ano. Mas convenhamos: era uma preocupação a menos.
Qual não foi meu espanto ao me surpreender sentada na mesa da cozinha, com um jornal, uma caneta e uma caixinha de Toddynho (não, não gosto de café) caçando anúncios de estágio.
Fora que, definitivamente as pessoas não fazem idéia do trabalho de uma Secretária Executiva Trilíngüe.

Procura-se moça jovem, de boa aparência, comunicativa, simpática...
(fiel e carinhosa e com bom apetite sexual? anúncio de emprego ou de namoro?)

Contrata-se secretária executiva trilíngue, que fale inglês...
(o que eles acham que a gente aprende? Polonês, russo e grego?)

Precisa-se de Secretária Executiva Trilíngüe, cursando 2º, 3º ou 4º ano com fluência em dois idiomas; para atendimento ao público e telefone; elaboração de documentos, ofícios e planilhas; cadastramento de clientes; contatos com fornecedores e controle de estoque. Disponibilidade para trabalhar das 7h às 20h. Paga bem.
(perfeito, afinal quem precisa almoçar, jantar, tomar banho e ter vida social, né? Sem contar que posso perfeitamente freqüentar as aulas da meia noite às 6h da manhã).


Essa semana, fui a uma entrevista de emprego. Para dar sustentação aos meus argumentos, eis aqui o significado do termo entrevista, segundo o dicionário Larousse de Língua Portuguesa:

Entrevista s.f. Conversação mantida com alguém para obter informações sobre seus atos, idéias, projetos etc.

Atenção para a palavra em negrito. Vamos separar silabicamente, para sanar toda e qualquer dúvida. Con.ver.sa.ção. Não sei exatamente qual parte disso a mocinha não entendeu, porque o que nós menos fizemos foi conversar. Preenchi um questionário com meus dados pessoais, ouvi-a dizer qual o ramo da empresa e digitei dois parágrafos de um texto (sem formatação), apenas para confirmar meus "conhecimentos avançados em informática". E eu com medo que ela me pedisse pra montar uma planilha aplicada no Excel...

É fato. Estagiário sofre. Estagiárias de secretárias então, sofrem o dobro. Estudamos Administração, Teoria Política Moderna, Direito, Economia, Psicologia, Contabilidade e, a pior, Arquivistíca, para depois o chefe de estágio pedir pra fazermos café. EU NEM SEQUER TOMO CAFÉ! Desculpa, eu faço um balanço patrimonial de uma empresa inteira, organizo os arquivos em ordem decrescente de números primos, mas não me peçam para fazer café...

Dito isso, não posso fazer outra coisa senão me questionar se realmente terei auto-controle suficiente para não atacar a aorta do próximo entrevistador.


;*

domingo, 11 de janeiro de 2009

Nostalgia

Entro no clube de carro com a minha mãe. Desço em frente ao salão e vou, aos poucos, me infiltrando entre a aglomeração de formandos e pais ansiosos pelo grande momento - teoricamente, pelo menos.
Nem mesmo a chuva foi capaz de estragar a festa: a grande maioria dos jovens ria, tirava fotos e fazia piada da roupa do outro. Salvo raras exceções - algumas mães enfiadas em vestidos de tafetá justos demais e outros pais enforcados pela gravata - todos pareciam extremamente felizes.
Entro no salão e começo a observar. Não sei que parte do "traje social" escrito no convite aquele grupinho de meninas não entendeu - quando mini saia for traje social... Mas é a mesma coisa de sempre. A gente fica apavorada achando que nosso vestido é curto demais e que vão nos barrar na portaria. Mas sempre tem uma garota com vestido ainda mais curto. As mais novinhas, se equilibravam, ainda inexperientes, sobre saltos agulha.
O banheiro, entupido de meninas que estavam lá pra qualquer coisa, exceto fazer xixi - fosse pra arrumar a maquiagem ou o cabelo, sentar um pouco e descansar, comentar a roupa da outra ou fofocar sobre qualquer coisa.
Salvo raríssimas exceções (né Ju?), fico com pena de olhar os meninos naqueles ternos, andando feito pinguins. Sem contar o calor infernal.
Os professores, já um tanto alegres tiravam mil fotos em poses absurdas a pedido dos alunos. Alguns pais desesperados se arrependendo amargamente por terem comprado aquela garrafa de Red Label pra comemorar, vendo que seus filhos tinham uma tolerância ao álcool bem maior do que a esperada.
A fila pra valsa começa a se formar e, entre risos e gritinhos, os pares vão se organizando. Durante a dança, nota-se alguns desesperados, mais dançando forró do que valsa, trombando com outros perdidos. Alguns amigos e familiares se enfiam lá no meio pra fotografar, atrapalham a dança dos outros e ainda se acham no direito de reclamar quando um outro casal entra na frente no momento da foto.
Valsa terminada, já se pode ver os meninos tirando o terno e a gravata, as meninas tirando a sandália. Vejo pulseirinhas de néon serem distribuídas, bem como marabús, anteninhas e colares que piscam. A banda toca Whisky a go go em nome dos velhos tempos e todo mundo faz coro no "hey-hôu".
Depois de YMCA, I Will Survive, Summer Nights, Poeira, Créu e outras mais, resolvo parar de lutar contra minha incessante dor nos pés e me sento num sofazinho colocado ali por intervenção divina. Percebo que antigamente, nos meus 13, 14 anos eu dançava o baile todo sem reclamar de dor nos pés. Me sinto um pouquinho velha. Encontro um aluno da escola onde fiz o ensino fundamental, que é 3 anos mais novo que eu. Ele me diz que já foi pro segundo colegial. Vejo que ele cresceu (e eu continuo com 1.5om) e me sinto um pouquinho mais velha. Um dos professores passa correndo na minha frente, puxando um trenzinho que cantava Vou deixar, do Skank, a plenos pulmões. Não posso deixar de pensar que foi um dos bailes mais divertidos da minha vida. E, sorrindo, me lembro de que já fiz tudo isso um dia. Estou ficando velha.


Ju, obrigada pelo convite do baile ;)
Marcelo, obrigada pela sugestão do termo "alegres". A seu pedido: meninas, ele está solteiro. O orkut dele é http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=16195283069402829375.

;*

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A Saga das Metas - Parte II

Descobri que não sou lá muito prática para estabelecer metas. Isso porque, este ano, estabeleci duas absolutamente contraditórias - e só agora me dei conta. Como posso querer engordar, se resolvi caminhar todos os dias?
Por isso que quero deixar bem claro que não fui caminhar nem na quarta nem na quinta por motivos óbvios: pedi a Cheesy Pop de Pepperoni na quarta e comi o que sobrou, na quinta. Não estou sendo relapsa coisa nenhuma, viu Srta Giovana.

Aliás, esta pizza é divina. Santa Pizza Hut.






;*
;** especial pro Ju!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Estou percebendo que...

morar sozinha não vai ser muito fácil. Isso porque não consegui estágio nenhum, ainda. Ok. Eu sei que estamos na segunda semana de janeiro, mas eu já podia ter conseguido algo, né? Mas também, pra conseguir esse bendito estágio, tenho que ter um documento lá da UEM. E o departamento que emite esse bendito documento não está aberto. :) Logo, não posso ser culpada por não ter cumprido essa meta ainda, certo? A culpa é da UEM.

Por outro lado, fui caminhar de novo no parque hoje e não comprei nada no shopping hoje a tarde. Nem uma bala (minha mãe que pagou o sorvete). Estou economizando! E (a parte mais importante!) meu amigo Daniel me ensinou a fazer strogonoff ontem. Depois vou tentar e conto aqui se consegui. (Se não conseguir, não conto. Depois vira piadinha, igual o caso do arroz).

Esqueci de dizer que acrescentei mais duas metas.
21) Comer feijão
22) Engordar 3kg
Vale ressaltar que ainda não fiz nada que possa ajudar a cumprir essas duas. Mas ainda tenho 11 meses pela frente, certo? ;)


;*

domingo, 4 de janeiro de 2009

A Saga das Metas - Parte I

Este ano estou muito, muito, muito mais animada com as minhas metas (algumas delas, pelo menos). Isso porque tomei a difícil decisão de morar sozinha e agora preciso convencer minha mãe e minha tia de que já sou capaz disso (e não vou botar fogo na casa, morrer de fome etc).
Não estou lá muito confiante na meta nº 10 (a dos exercícios físicos), por isso resolvi colocar a nº 12 em prática. Sim, justo aquela mais difícil de todas: manter meu guarda-roupa arrumado. Cheguei de viagem hiper-mega-ultra cansada, mas resolvi me esforçar: arrumei tooooodos os meus acessórios, a estante e o guarda-roupa. Não tenho paciência pra arrumar tudo por cores, igual minha amiga Gi, principalmente porque gosto de tons diferentes - azul-esverdeado, magenta (sim! isso é uma cor); creme; beterraba; azul-petróleo etc. Mas está tudo organizadinho, juro!
De quebra, ainda passei SO-ZI-NHA algumas blusas meio amassadas, não queimei nadinha, abri a tábua de passar sem ajuda de ninguém e tudo mais. Estou melhorando, não estou?
Ai ai.

P.S.: Ontem apareceu uma borboleta medonha na cortina do quarto da minha tia. E até ela saiu berrando quando a intrusa veio voando direto pra testa dela. Digam: tenho ou não razão de achar que essas criaturas são do mal?

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Sobre auto-conhecimento, sabonete em pedra, água de coco e outros mais.

Encontrei uma amiga da minha mãe, ontem, que é psicóloga. Papo vai, papo vem, ela me disse que estava tendo problemas com a filha de 13 anos que, segundo ela, "está entrando numa fase de descobertas e auto-conhecimento, a adolescência".

Discordo.
Não sou nenhuma mulher madura e com experiência de vida, mas posso afirmar, com muita convicção, que se existe uma fase de descobertas e auto-conhecimento na vida da gente, meus caros, trata-se da época da faculdade.
Desculpa, mas com meus 13 anos eu ainda assistia Chaves (assisto até hoje), sonhava em ser a protagonista da Malhação, não tinha a menor idéia do que fazer na faculdade (oscilei de veterinária à babá, passando por jornalismo e turismo), não sabia nem segurar uma vassoura (hoje, digamos que estou aprendendo) e por aí vai. Isso sem falar que o meu maior problema era a roupa que eu ia usar na próxima vez que fosse ao cinema na sessão das 2hrs da tarde ou, talvez, convencer minha mãe a me deixar colocar um piercing no umbigo. Eu nem sabia direito o que significava auto-conhecimento.
Por outro lado, em apenas um ano de faculdade já descobri muito sobre mim mesma. Por exemplo:
  • Borboletas não são tão inofensivas quanto parecem
  • Fazer strogonoff não é tão fácil quanto parece (bem como limpar o George Foreman)
  • Definitivamente não sei fazer mala pequena (toda vez que venho pra Jaú minhas malas fazem mitose. Venho com 2, volto com 6)
  • Tenho nojo de pegar bife cru com a mão
  • Tenho alergia de sabão de soda
  • Adoro passar roupas
  • Odeio lavar roupas
  • Odeio descascar cebola
  • Adoro [tentar] cozinhar (desde que não precise descascar cebola)
  • Tenho mania de apertar o tubo de pasta de dente bem no meio
  • Tenho necessidade orgânica de manter minha escrivaninha um caos, bem como o guarda roupa. (não me orgulho disso, mas fazer o quê?)
  • Não tenho paciência pra esperar a pizza assar
  • Ao contrário da maioria das pessoas, gosto mais de dançar no chuveiro do que de cantar
  • Sempre esqueço de pegar a toalha antes de entrar no chuveiro
  • Odeio sabonete em pedra
  • Definitivamente não gosto de café, nem chá, nem leite desnatado, nem água de coco. Pra mim, é tudo água suja.

Mas, acima de tudo...

  • Descobri que a época de faculdade é a melhor da vida.


;)

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Um comentário aleatório

*Qual não foi minha surpresa ontem ao ver no Show da Virada, exibido pela Rede Globo, Fresno e Chitãozinho e Xororó cantando juntos. Sempre achei que o Estúdio Coca Cola era uma idéia fantástica (convenhamos que Charlie Brown Jr. e Vanessa da Mata juntos foi simplesmente maravilhoso) e sempre me perguntei se havia maior cúmulo do rídiculo do que Calypso com Paralamas do Sucesso. Mas dessa vez, a coisa foi ainda pior.
Lucas Silveira é muito fofinho, realmente. Mas alargadores definitivamente não combinam com botas e fivelas e chapéus. E não pude deixar de sentir vergonha alheia quando o vi [tentando] alcançar as notas do Xororó no "ôu-lêi-lêi-lêi".


Francamente. Tsc tsc tsc.
E FELIZ ANO NOVO!